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A SAPATARIA DO OSCAR

     Nas décadas de 60 e 70, Figueirão contava com uma notável indústria de artefatos de couro. O empreendedor era Oscar Batista Berquó, empresário de grande relevância, naquela época em que a cidade ainda vivia a primeira fase da adolescência. Oscar iniciou a sapataria e selaria em sua propriedade rural, na Taboca. Em 1968, se estabeleceu na rua 15 de Agosto.
      O excelente atendimento e profissionalismo da Sapataria do Oscar, fizeram com que a qualidade de seus produtos se espalhasse rápido, além do Distrito de Figueirão, e conquistasse uma clientela assídua e honesta. Fabricava calçados, calças de couro, cintos, guaiacas, capas de revólver, bainhas, alforges, baldramas, arreios e peiteiras. A sapataria empregava mensalmente cinco profissionais. Possuía uma caminhonete para dar assistência à indústria e nas horas ociosas servia às pessoas, realizando pequenas “corridas”.
     Oscar era Figueirãoense, descendente da família Berquó, procedente da região do Paraíso das Águas, pioneira do Sertão do Figueirão desde 1930. Casado com Noêmia Justina Berquó.Tiverem quatro filhos: Orlando, Celina, Aparecida e Célia. Sempre bem–humorado, cumprimentava a gente dizendo “bombril”, ao invés de bom dia.
    Talvez atraído pelo progresso, Oscar vendeu a selaria para o Arindo e mudou com sua família para Costa Rica, em 1977. Exerceu sua função de sapateiro até em 1999, quando veio a falecer, deixando uma grande herança histórica que jamais será apagada da memória de Figueirão.

 


Escrito por: Professor Admar de Araújo. Historiador Figueirãoense.

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